Chrystul Kizer, de 24 anos, foi condenada a 11 anos de prisão por matar o homem que a agrediu e explorou sexualmente quando era adolescente, em Milwaukee, nos Estados Unidos.
A jovem conheceu Randall Volar aos 16 anos. Segundo o seu relato, Volar a agrediu sexualmente e a explorou, vendendo-a a outros homens para actos sexuais. Em troca, oferecia-lhe dinheiro e presentes.
Em 2018, quando tinha 17 anos, Kizer matou Volar a tiro. A defesa argumentou legítima defesa, alegando que a jovem era vítima de abusos contínuos. A acusação, por sua vez, sustentou que o crime foi premeditado e que o objectivo de Kizer era roubar o carro da vítima.
Uma investigação do Washington Post revelou que Volar abusava sexualmente de várias adolescentes, incluindo Kizer. Apesar de ter sido detido e acusado de agressão sexual alguns meses antes do crime, foi liberto no mesmo dia.
Kizer solicitou que o seu caso fosse enquadrado na lei de “defesa afirmativa”, que protege vítimas de tráfico sexual que cometem crimes como roubo ou prostituição como resultado directo da exploração sofrida. Em 2022, o Supremo Tribunal do Wisconsin aceitou o pedido.
No entanto, Kizer decidiu aceitar um acordo judicial para evitar o risco de ser condenada à prisão perpétua. “Posso tentar seguir em frente”, disse a jovem ao Washington Post.
A jovem já cumpriu mais de um ano e meio de pena e deverá cumprir mais cinco anos antes de poder solicitar liberdade condicional.
















