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Ataque rebelde em mina de ouro na RDC resulta em morte de cidadãos chineses

Pelo menos quatro cidadãos chineses foram mortos num ataque de milicianos a uma mina na província de Ituri, no nordeste da República Democrática do Congo (RDC).

O ataque ocorreu numa região rica em ouro e foi atribuído ao grupo armado Codeco (Cooperativa para o Desenvolvimento do Congo), uma milícia que afirma defender os interesses da tribo Lendu contra a tribo rival Hema.

Além dos chineses, vários cidadãos congoleses também foram mortos ou feridos no ataque. O deputado provincial Jean-Pierre Bikilisende informou à agência de notícias francesa AFP que “houve uma incursão de efectivos da Codeco no local de extracção chinês”, perto da cidade de Abombi, no território de Djugu, em Ituri. Ele mencionou um balanço inicial de quatro chineses mortos e dois soldados das FARDC (Forças Armadas da RDC) feridos.

Vital Tungulo, um ancião da região de Banyali-Kilo, onde se situa Abombi, declarou que “seis cidadãos chineses, dois soldados e dois civis” foram mortos. O chefe da área administrativa de Benjamakusa, Dieudonné Mombiani, também relatou a morte de “seis cidadãos chineses” e dois guarda-costas, acrescentando que “outras pessoas foram raptadas e não sabemos se estão vivas”.

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Os ataques a locais de extracção de ouro e a colunas de mineiros são frequentes em Ituri e, mais a sul, na província de Kivu do Sul, outra região rica em ouro onde operam muitos mineiros chineses. Os conflitos relacionados com a mineração de ouro são comuns entre as populações locais e os mineiros chineses.

Ituri é uma das províncias mais conturbadas do leste da RDC, sendo palco de conflitos entre várias milícias comunitárias, incluindo a Codeco, que já provocaram milhares de mortes e deslocaram massivamente a população.

A região sul de Ituri também sofre ataques das Forças Democráticas Aliadas (ADF), uma organização ligada ao Estado Islâmico, que está activa no norte da província vizinha de Kivu do Norte.

Tentativas de confirmação dos eventos junto da embaixada chinesa na RDC não puderam ser concretizadas até o momento.