Centenas de presos em várias prisões venezuelanas iniciaram uma greve de fome no domingo, em protesto contra os atrasos processuais e as condições precárias de detenção, apesar das autoridades garantirem os direitos humanos.
O Observatório Venezuelano de Prisões (OVP) anunciou que os reclusos exigem a actualização dos tempos de detenção, concessão de medidas humanitárias e transferências para prisões de origem. Vídeos mostram presos em Uribana, Arágua, Tocuyito, Cumaná e no Instituto Nacional de Orientação Feminina a cantar o hino nacional em sinal de protesto.
O Ministério do Poder Popular para o Serviço Penitenciário (MSP) afirmou que a ministra Celsa Bautista Ontiveros está a prestar atenção directa aos presos que são garantidos os direitos à saúde, educação e formação profissional.
O OVP criticou a ministra por não aceitar a realidade e acusou o MSP de ser burocrático e de não resolver problemas estruturais como fome, sobrelotação e falta de assistência médica. Em 2022, as prisões venezuelanas, com capacidade para 20.438 reclusos, tinham 33.558 presos, resultando numa superlotação de 64,19%.