Destaque Presença de grupos terroristas provoca medo em Cabo Delgado

Presença de grupos terroristas provoca medo em Cabo Delgado

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A população do distrito de Macomia, localizado no centro da província de Cabo Delgado, Moçambique, expressou preocupação com a alegada movimentação de grupos terroristas nas áreas agrícolas locais, gerando medo entre os habitantes.

Segundo relatos de fontes comunitárias do norte de Moçambique à agência Lusa, um grupo de cerca de 30 insurgentes foi avistado na tarde de sábado nas matas de Nambini, uma região dedicada à produção agrícola.

Uma fonte local afirmou à Lusa que os insurgentes passaram pelas matas de Nambini, dirigindo-se para Quissanga. Esta movimentação ocorreu a cerca de 30 quilómetros da sede distrital de Macomia, provocando a fuga de alguns camponeses, apesar de não terem causado danos físicos.

Outra fonte relatou que não é a primeira vez que os terroristas passam pela região de Nambini a caminho de Quissanga, o que tem gerado alarme entre os produtores locais, uma vez que Nambini é uma área agrícola significativa para a subsistência das comunidades locais e além.

Os habitantes temem que a presença contínua desses grupos terroristas possa levar à escassez de alimentos, uma vez que muitas pessoas dependem das terras de Nambini para cultivar. Eles expressaram preocupação com a possibilidade de enfrentarem a fome se a situação persistir.

Macomia, localizado no centro da província de Cabo Delgado, situa-se a 200 quilómetros da capital provincial, Pemba, e é acessado principalmente pela estrada EN380, uma das poucas vias asfaltadas na região.

Após um período de relativa calma nos distritos afetados pela violência armada em Cabo Delgado, a província tem testemunhado, nas últimas semanas, um aumento nos ataques e movimentações de grupos rebeldes, que têm restringido a circulação em algumas áreas.

Há seis anos, Cabo Delgado enfrenta uma insurgência armada com ataques atribuídos ao grupo extremista Estado Islâmico. A violência tem causado grande instabilidade na região e deslocado milhares de pessoas, enquanto as autoridades moçambicanas tentam responder militarmente à situação, com o apoio de países e organizações regionais.