Quatro suspeitos do ataque ocorrido na sexta-feira numa sala de concertos nos arredores de Moscovo foram colocados em prisão preventiva por um tribunal da capital russa.
Os quatro homens enfrentam acusações de terrorismo e podem ser condenados à prisão perpétua. Três dos suspeitos admitiram a culpa em tribunal. O tribunal determinou que a detenção provisória será mantida até 22 de maio, podendo ser prolongada até ao início do processo, cuja data ainda não foi definida.
Até ao momento, as autoridades detiveram um total de 11 pessoas relacionadas com o ataque, incluindo os quatro suspeitos que terão participado diretamente no atentado. O ataque, que foi reivindicado por um grupo afiliado ao movimento jihadista Estado Islâmico, foi considerado o mais mortífero em solo russo nos últimos anos, resultando na morte de pelo menos 182 pessoas, incluindo três crianças. Foram encontradas armas e munições no local do ataque.
O presidente russo, Vladimir Putin, condenou o ataque, classificando-o como um ato terrorista “bárbaro e sangrento”, e prometeu vingança. Embora não tenha especulado sobre os autores intelectuais do ataque, Putin sugeriu que quatro dos detidos estavam a tentar cruzar a fronteira para a Ucrânia, acusando o país vizinho de tentar ajudá-los a escapar.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, negou qualquer envolvimento do seu país no ataque, acusando Putin de tentar culpar os ucranianos. Agências de inteligência dos Estados Unidos confirmaram que o Estado Islâmico foi responsável pelo ataque, de acordo com fontes citadas pela Associated Press.
O Serviço Federal de Segurança (FSB) russo relatou a detenção de 11 cidadãos ligados ao atentado, incluindo os quatro suspeitos diretamente envolvidos. O ataque foi justificado pelo EI como parte da sua “guerra violenta” contra os países que combatem o Islão.