Destaque Dívidas a gasolineiras provocam atrasos em voos da LAM

Dívidas a gasolineiras provocam atrasos em voos da LAM

A Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) enfrentou atrasos em cerca de cinco voos agendados devido à falta de combustível para abastecer as aeronaves.

Segundo informações obtidas pelo jornal O País, a razão subjacente a esta situação são as consideráveis dívidas que a LAM possui junto das gasolineiras. Este problema afetou mais de mil passageiros.

As aeronaves da LAM permaneceram em terra, mesmo estando programadas para voar. Como resultado, todos os planos dos passageiros foram frustrados, deixando-os retidos na sala de embarque.

Durante toda a manhã de ontem e parte da tarde, os corredores do Aeroporto Internacional de Maputo estiveram congestionados, com passageiros de diferentes voos e destinos à espera. Todos os voos acabaram por sofrer atrasos.

As informações sobre os atrasos estavam disponíveis nos ecrãs de informação, mas atualizações verbais eram feitas de tempos a tempos. Segundo relatos de passageiros, as remarcações ocorriam de hora em hora, e em certo momento, as pessoas encarregadas de fornecer essas atualizações desapareceram.

Um passageiro, que preferiu não se identificar, relatou: “Chegámos aqui às 09 horas para fazer o check-in. Estávamos programados para partir às 11h, mas só depois desse horário soubemos do adiamento. E mesmo essa informação só foi obtida quando a procurámos”.

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Cerca de cinco voos foram afetados, incluindo rotas como Maputo-Pemba, Maputo-Quelimane, Harare-Lusaka-Maputo e Inhambane-Maputo, resultando em mais de mil passageiros com os seus planos alterados. Sobre os motivos dos atrasos, outro passageiro afirmou: “Não nos disseram nada. Apenas diziam que estavam atrasados”.

Embora os passageiros possam não estar cientes, segundo o jornal O País, os atrasos foram causados pelas dívidas que a companhia tem com as gasolineiras fornecedoras de combustível para as aeronaves. São mais de 600 milhões de Meticais devidos à Petromoc, 42 milhões à Puma e mais de 27 mil dólares em Harare.

Esta situação ocorre num contexto em que, no ano passado, a consultora Fly Modern Ark, contratada pelo Governo para reestruturar a companhia, havia indicado que todas as falhas de gestão estavam a ser corrigidas e que a empresa estava a tornar-se mais produtiva. Contudo, parece que ainda há muito a fazer, começando pelo pagamento das dívidas que resultaram nos atrasos dos voos.