A professora de ciência política, que se tornou em julho a primeira negra a presidir a universidade norte-americana, anunciou a sua demissão na terça-feira, após ter sido alvo de críticas por causa do seu testemunho no Congresso sobre o antissemitismo no espaço universitário.
Gay foi acusada por um sítio conservador de plágio em trabalho universitários, e também foi criticada por ter respondido de forma ambígua à pergunta de uma parlamentar republicana sobre se pedir o genocídio dos judeus violaria os códigos de conduta das universidades.
Em carta aos membros da comunidade académica de Harvard, Gay disse que as críticas a sua pessoa a tinham impedido de cumprir o seu mandato com “integridade e eficácia”.
“Foi complicado ver a dúvida pairar sobre os meus compromissos em enfrentar o ódio e respeitar o rigor académico (…) e abominável ser alvo de ataques pessoais e ameaças alimentadas pelo racismo”, escreveu Gay.
A agora ex-presidente de Harvard tinha, contudo, recebido o apoio da comunidade educativa e mantida no cargo em meados de dezembro.
A sua demissão deixa um vazio na liderança da universidade, uma das mais prestigiadas do mundo.
Gay foi a primeira negra a presidir Harvard, e a sua saída é um revés para a instituição, que tem sido criticada pelo seu histórico de discriminação racial.
A universidade já anunciou que iniciará um processo de recrutamento para encontrar um novo presidente.