O primeiro-ministro de Singapura, Lee Hsien Loong, aceitou a demissão do ministro dos Transportes, Subramaniam Iswaran, que foi acusado de 27 crimes de corrupção relacionados com a organização do Grande Prémio de Fórmula 1.
Iswaran, que é o primeiro governante da ilha envolvido num caso de corrupção desde 1986, declarou-se inocente de todas as acusações.
Segundo documentos judiciais citados pelo jornal The Straits Times, o ministro é acusado de aceitar subornos e bens de luxo, incluindo bilhetes para o Grande Prémio, no valor de mais de 218 mil dólares norte-americanos (200 mil euros), entre 2015 e 2021.
O gabinete de Lee Hsien Loong indicou que aceitou a demissão de Iswaran, depois de este ter informado, por escrito, da decisão de devolver “todo o dinheiro recebido” em salário como ministro e subsídios como deputado desde o início das investigações, em julho de 2023.
Iswaran, que também deixará de ser membro do partido no poder e abandonará o seu assento no parlamento de Singapura, disse que decidiu devolver o dinheiro “porque não pode beneficiar dele”.
“Esta é também a coisa certa a fazer por Singapura e está em linha com os elevados padrões de integridade do Governo”, disse o governante.
O primeiro-ministro Lee Hsien Loong afirmou que o Governo tratou este caso com rigor e de acordo com a lei.
“Estou determinado a defender a integridade do partido e do Governo, e a nossa reputação de honestidade e incorruptibilidade”, acrescentou.
O escândalo de corrupção envolvendo o ministro dos Transportes de Singapura é o primeiro caso de grande dimensão que atinge o país desde a década de 1980.