O presidente russo, Vladimir Putin, estendeu na segunda-feira, o veto à venda de petróleo bruto e derivados a países que respeitem o limite de preço imposto pelos Estados Unidos, União Europeia e Austrália. A medida, que expirava em 31 de dezembro, foi prorrogada até 30 de junho de 2024.
O decreto publicado no portal de informações legais do governo russo determina que os exportadores russos de petróleo bruto devem recusar contratos com pessoas jurídicas ou físicas estrangeiras que contenham um mecanismo que fixe, direta ou indiretamente, um preço máximo em qualquer dos momentos do fornecimento para o consumidor final.
O veto foi imposto por Putin em dezembro de 2022 como resposta às sanções econômicas impostas pela Rússia pela invasão da Ucrânia. A medida visa impedir que o Ocidente reduza os preços do petróleo russo, o que, segundo o governo russo, prejudicaria a economia do país.
A extensão do veto é um novo desafio para os países ocidentais, que buscam reduzir sua dependência do petróleo russo e pressionar o Kremlin a encerrar a guerra na Ucrânia.
Impacto da medida
A extensão do veto ao petróleo russo é um movimento de retaliação do governo russo às sanções econômicas impostas pelo Ocidente. A medida visa prejudicar a economia dos países que se recusam a comprar petróleo russo a preços mais baixos.
O veto também pode ter um impacto significativo no mercado global de petróleo. A Rússia é um dos principais produtores de petróleo do mundo, e o veto pode levar a uma escassez de oferta e a um aumento dos preços.
Reação do Ocidente
Os países ocidentais reagiram com críticas à extensão do veto ao petróleo russo. A União Europeia afirmou que a medida é “um ato de chantagem” e que “não irá intimidar” os países que se recusam a comprar petróleo russo a preços mais baixos.
Os Estados Unidos também criticaram a medida, afirmando que ela é “injusta” e “irá prejudicar os consumidores em todo o mundo”.