Um tribunal no Japão condenou esta terça-feira três ex-soldados a penas de prisão suspensas de dois anos por abuso sexual de uma colega em 2021, um caso que se tornou um novo símbolo do movimento #MeToo no país.
O veredicto do tribunal de primeira instância de Fukushima é bastante mais leve do que o pedido pelo Ministério Público, que tinha solicitado dois anos de prisão efetiva para os três arguidos.
A vítima, Rina Gonoi, agora com 24 anos, disse nas redes sociais ter sido regularmente assediada e abusada sexualmente quando estava no exército, perante a inação da hierarquia militar e o indeferimento de uma primeira queixa perante os tribunais.
O caso de Gonoi gerou uma onda de indignação no Japão e levou a uma revisão das políticas de assédio e abuso sexual nas forças armadas.
Reações
A condenação dos três ex-soldados foi recebida com satisfação por grupos de defesa dos direitos das mulheres, que consideraram que o veredicto é um passo importante para combater a impunidade do assédio e abuso sexual no Japão.
No entanto, alguns críticos consideraram que as penas são demasiado leves e que não correspondem à gravidade dos crimes.
Impacto
O caso de Gonoi é visto como um marco no movimento #MeToo no Japão, que tem lutado para chamar a atenção para o problema do assédio e abuso sexual nas forças armadas e em outras esferas da sociedade.
A condenação dos três ex-soldados pode ajudar a aumentar a conscientização sobre este problema e a levar a mudanças nas leis e políticas que o combatem.