A cúpula climática COP28, que terminou na quarta-feira em Dubai, aprovou um acordo que, pela primeira vez, indica a obrigação de países abandonarem o uso de combustíveis fósseis.
O texto final do acordo, que tem 238 pontos, afirma que “a transição para uma economia neutra em carbono exige a abandono de todos os combustíveis fósseis”. Esta é uma mudança significativa em relação aos acordos anteriores da COP, que apenas mencionavam a necessidade de reduzir o uso de combustíveis fósseis.
A aprovação do acordo foi comemorada por muitos países, que consideram que ele representa um avanço importante na luta contra as alterações climáticas.
“É a primeira vez que o mundo se une em torno de um texto tão claro sobre a necessidade de abandonar os combustíveis fósseis”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da Noruega, Espen Barth Eide.
O presidente da COP28, Sultan al-Jaber, também elogiou o acordo, afirmando que ele representa “um pacote histórico” de medidas para manter a meta da diminuição de 1,5ºC da temperatura mundial.
O acordo estabelece ainda uma nova meta específica para triplicar as energias renováveis e duplicar a eficiência energética até 2030.
A implementação do acordo será monitorada pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que irá apresentar um relatório sobre o progresso alcançado em 2025.
O que significa o acordo?
O acordo da COP28 representa um avanço significativo na luta contra as alterações climáticas, pois indica a obrigação de países abandonarem o uso de combustíveis fósseis.
Esta é uma mudança importante, pois os combustíveis fósseis são a principal fonte de emissões de gases de efeito estufa, que estão a causar o aquecimento global.
O acordo estabelece ainda uma nova meta específica para triplicar as energias renováveis e duplicar a eficiência energética até 2030.
Estas metas são importantes para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e cumprir a meta de limitar o aquecimento global a 1,5ºC.
O que falta fazer?
Apesar do avanço representado pelo acordo da COP28, ainda há muito a fazer para combater as alterações climáticas.
Os países precisam agora traduzir as metas do acordo em ações concretas.
Para isso, é necessário que os países desenvolvam planos de transição para uma economia neutra em carbono, com foco no investimento em energias renováveis e eficiência energética.
Além disso, é necessário que os países aumentem a sua cooperação internacional para enfrentar os desafios das alterações climáticas.