Internacional Igreja Católica da Espanha indemnizará vítimas de abuso sexual

Igreja Católica da Espanha indemnizará vítimas de abuso sexual

A Igreja Católica espanhola vai indemnizar todas as vítimas de abusos sexuais, mesmo nos casos em que o agressor já tenha falecido, e sempre que a Igreja tenha a “convicção moral” de que o ato aconteceu, anunciou na sexta-feira o bispo auxiliar de Toledo, Francisco García Magán, numa conferência de imprensa em Madrid.

“Terá de ser analisado caso a caso. E se se chegar a essa conclusão moral, então haverá essa reparação moral”, disse García Magán, porta-voz e secretário-geral da Conferência Episcopal Espanhola, depois de informar que os bispos espanhóis tinham aprovado por unanimidade um “plano de reparação integral” para indemnizar as vítimas de pedofilia na Igreja.

Um plano de reparação integral que representa uma mudança em relação à sua posição anterior, uma vez que nos casos em que não há sentença a Igreja também pagará “se o autor do crime tiver falecido ou se houver prescrição civil”, acrescentou o bispo auxiliar de Toledo. E até ao momento, a Igreja Católica espanhola excluía a possibilidade de indemnizar as vítimas se o agressor tivesse morrido, o caso mais frequente.

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De acordo com o porta-voz da Conferência Episcopal Espanhola, “trata-se de uma rota de trabalho que foi apresentada pelo serviço de coordenação dos gabinetes de atenção a menores e que tem três linhas fundamentais de orientação: atenção às vítimas, prevenção e reparação integral em todas as perspetivas, psicológica, social, espiritual e também económica”, citou o jornal El País.

Francisco García Magán não avançou com uma data para a aprovação do plano, afirmando no entanto que “será feito o mais rapidamente possível”. Nem especificou qual o montante que deverá ser pago às vítimas, explicando apenas que “a indemnização deve ser paga pelos autores do crime e, se for caso disso, pelas instituições envolvidas. Por exemplo, se o autor do crime já faleceu, a instituição. (…) Em princípio, não é a Conferência Episcopal”, escreveu o El País.