A candidata à Presidência do Equador, Luisa González, do partido de esquerda Revolução Cidadã (RC), denunciou na sexta-feira ter recebido ameaças de morte.
Ela ganhou o primeiro turno da eleição presidencial do país e disputa o segundo turno em 15 de outubro contra o empresário Daniel Noboa, da sigla Ação Democrática Nacional.
“Hoje recebi ameaças contra minha vida porque sou a candidata com maior probabilidade de ganhar a presidência”, disse a presidenciável em uma declaração divulgada pelo seu partido.
Contudo, a candidata declarou que a promotoria abriu uma investigação contra uma pessoa que “alegou ter bombas para atentar contra sua vida”. Por conta das ameaças, ela aceitou receber proteção militar.
“Tenho que lhe dar uma notícia triste: estou usando um colete à prova de balas”, afirmou Luisa González.
Violência no Equador
As eleições presidenciais do Equador são marcadas por uma forte onda de violência ligada ao tráfico de drogas, que tem o controle de algumas prisões.
O candidato à Presidência Fernando Villavicencio foi assassinado a tiros em 9 de agosto após deixar um comércio em Quito, capital do país. O jornalista de centro era um dos favoritos para vencer a eleição.
Entre quarta-feira e quinta-feira, dois carros-bomba explodiram em Quito. O ataque tinha como objetivo atingir autoridades do sistema penitenciário do país. A transferência de detentos teria motivado o atentado.