Para os manifestantes, as regalias atribuídas aos parlamentares não se justificam num momento em que a maior parte dos cidadãos enfrenta enormes dificuldades para colocar comida na mesa.
A ativista pelos direitos das mulheres Yared Bumba acusa os deputados de votarem leis que não beneficiam o povo.
“Hoje compramos o quilo de arroz a 800 kwanzas e há angolanos que não têm nem 200 kwanzas. E é responsabilidade dos deputados exigir a melhoria da condição do povo angolano. Senhores deputados, estamos de olhos em vocês”, avisou a manifestante.
Os 220 deputados que compõem o Parlamento vão beneficiar de subsídios de instalação e de fim de mandato avaliados em 22,6 milhões de kwanzas e 24,5 milhões de kwanzas, respetivamente.
A funcionária pública Benvinda Sebastião considera “injustas” as regalias dos “representantes do povo”.
“É uma decisão injusta quando há empresas do Estado em que os funcionários ganham muito pouco… Nesse caso 30 mil kwanzas ou 35 mil kwanzas, e aos deputados são atribuídos subsídios milionários. Isso é muita injustiça”, reitera.