Internacional Papa envia cardeal a Kiev para tentar mediar paz

Papa envia cardeal a Kiev para tentar mediar paz

President of the Episcopal Conference of Italy, Italian Cardinal Matteo Maria Zuppi reacts during the 77th General Assembly of the Italian Bishops' Conference (C.E.I.) on May 25, 2023 in The Vatican. (Photo by Filippo MONTEFORTE / AFP)

O cardeal italiano Matteo Zuppi estará em Kiev, na condição de enviado do Papa, para uma missão de mediação de paz na Ucrânia, divulgou esta segunda-feira o Vaticano num comunicado.

“Nos dias 5 e 6 de junho de 2023, o cardeal Matteo Maria Zuppi, arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana, estará em visita a Kiev como enviado do Papa Francisco”, lê-se na nota.

O principal objetivo desta iniciativa “é ouvir atentamente as autoridades ucranianas sobre os caminhos possíveis para alcançar uma paz justa e apoiar gestos de humanidade que contribuam para aliviar as tensões”, referiu o comunicado.

Aliás,o Kremlin declarou esta segunda-feira que o Presidente russo, Vladimir Putin, não tem uma reunião agendada com o enviado do Papa.

“Neste momento, não existe [uma reunião agendada entre Putin e Zuppi], disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, na sua conferência de imprensa diária.

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Peskov acrescentou que, se houver alguma mudança nos planos, o Kremlin informará os meios de comunicação.

O porta-voz russo também evitou confirmar uma possível viagem de Zuppi a Moscovo, limitando-se a dizer que, no momento, sabe-se apenas que o cardeal italiano está em Kiev e “sobre o resto” iria se informar mais tarde.

No momento, a agenda do cardeal na Ucrânia também não foi divulgada.

Zuppi já tinha sido incumbido por Francisco de “liderar uma missão para ajudar a reduzir as tensões no conflito na Ucrânia”, segundo a secretaria de Estado do Vaticano, há algumas semanas.

O arcebispo de Bolonha é conhecido por ser um religioso “dedicado aos mais pobres e migrantes”.

Estas características, mas sobretudo o seu trabalho de mediação nos acordos de paz em Moçambique em 1992, na Guatemala em meados dos anos 90 e pela sua colaboração com Nelson Mandela para o cessar-fogo no Burundi em 2003, levaram o Papa a confiar-lhe esta delicada missão.