Utentes dos transportes semicolectivos de passageiros da Região Metropolitana do Grande Maputo reclamam a persistência dos encurtamentos de rota e “entrevistas” feitas pelos cobradores sempre que pretendem embarcar nos autocarros.
Apesar da entrada em vigor da nova tarifa, a 27 de Fevereiro último, exigida pelos transportadores para fazer face aos custos operacionais, os passageiros apontam que os antigos hábitos dos cobradores prevalecem, facto que concorre para longas filas e enchentes nas paragens, principalmente nos períodos de grande procura.
José Tomás, contactado pelo “Notícias” na paragem “Missão Roque”, contou que para chegar à baixa da cidade, por exemplo, é uma verdadeira saga. Os cobradores têm o hábito de seleccionar os passageiros, dando primazia aos que descem nas paragens próximas.
Tomás acrescentou que apesar de não concordar com as novas tarifas está conformado e pede o fim de encurtamento de rotas e “entrevistas”.
Entretanto, o porta-voz da Polícia Municipal, Mateus Cuna, disse estarem posicionados agentes da corporação em diversos pontos estratégicos da cidade de Maputo, como terminais e paragens intermédias, para fiscalizar e sensibilizar os transportadores a se absterem dos desvios e encurtamentos.