Organizações humanitárias que ajudam deslocados do terrorismo em Cabo Delgado, alertam para o agravamento da crise humanitária este ano devido à falta de fundos e doações para continuar a distribuir alimentos a milhares pessoas em abrigos e bairros de reassentamento.
Após uma reunião de coordenação em Dezembro, várias organizações apresentaram um “quadro vermelho” para a ajuda humanitária este ano por falta de recursos para continuar o apoio humanitário aos deslocados em abrigos temporários e ou em bairros de reassentamentos.
“Poucas organizações mostram-se disponíveis para continuar o apoio humanitário, então isto leva-nos a crer que 2023 será um ano de grandes dificuldades na assistência aos necessitados”, disse à VOA Manuel Nota, coordenador da Cáritas Diocesana, o braço humanitário da igreja Católica, que apoia deslocados em Cabo Delgado.
Aquele responsável anotou que “continua a incerteza” da ajuda humanitária porque os mapas apresentados na reunião de coordenação das organizações “quase que não tem nada para ajuda humanitária neste ano”.
O activista social disse que como consequência da “fraqueza na assistência humanitária”, milhares de deslocados estão a regressar aos distritos de origem, pese embora as condições de segurança “não estão ainda repostas” e quando são verificados novos ataques de grupos rebeldes.













