Pelo menos 69 pessoas morreram e outras 37 082 foram afectadas por chuvas, ventos fortes e outros desastres naturais em Moçambique na actual época chuvosa, anunciou esta segunda-feira, o Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD).
Segundo um relatório preliminar daquele instituto enviado esta segunda-feira à Lusa, a maioria dos óbitos foi causada por relâmpagos, afogamentos, desabamento de paredes, incêndios e electrocussão.
Desde 1 de Outubro de 2022 até terça-feira, os desastres naturais fizeram também 47 feridos e destruíram parcial e totalmente 2721 casas e inundaram outras 3312.
O mau tempo afectou ainda 2127 escolas, 40 602 alunos e 726 professores, avança o INGD.
Moçambique, considerado um dos países mais severamente afectados pelas alterações climáticas no mundo, está em plena época chuvosa e ciclónica, que ocorre entre os meses de Outubro e Abril, com ventos oriundos do Índico e cheias com origem nas bacias hidrográficas da África Austral.
Em Novembro deste ano, o INGD anunciou que precisava de 7,4 mil milhões de meticais para a época das chuvas 2022/2023, período em que se prevê que pelo menos 2,2 milhões de pessoas sejam afectadas.
Na época chuvosa 2020/2021, o País foi assolado por eventos climáticos extremos com destaque para a tempestade Chalane e os ciclones Eloise e Guambe, além de outras semanas de chuva intensa e inundações.