O Presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, disse esta semana que o actual conflito Rússia/Ucrânia e outras situações violentas na região do Sahel, na África Ocidental, agravaram o terrorismo do Boko Haram, na bacia do Lago Chade.
“Lamentavelmente, a situação no Sahel e a guerra feroz na Ucrânia servem como fontes importantes de armas e combatentes que reforçam as fileiras dos terroristas na região do Lago Chade. Uma proporção substancial das armas e munições adquiridas para executar a guerra na Líbia, continua a encontrar o seu caminho para a região do Lago Chade e outras partes do Sahel”, disse.
Buhari, que fez estas declarações durante a 16ª Cúpula dos Chefes de Estado e de Governo da Comissão da Bacia do Lago do Chade (LCBC), disse que as armas e os combatentes provenientes da Rússia e da Ucrânia, estão a chegar à região, acrescentando que esta guerra aumentou a proliferação de armas pequenas e leves no país.
“Armas usadas para a guerra na Ucrânia e na Rússia estão, igualmente, começando a chegar à região. Este movimento ilegal de armas aumentou a proliferação de armas pequenas e leves que continuam a ameaçar a nossa paz e segurança colectiva na região. Há, portanto, a necessidade urgente de acções conjuntas aceleradas pelas nossas agências de controlo de fronteira e outros serviços de segurança para impedir a circulação de todas as armas ilegais que aparecem na região”.
Segundo ele, isso exige o despertar da segurança fronteiriça dos países da região.
O Chefe de Estado nigeriano que também é o presidente da cúpula, observou que, embora muito tenha sido feito para dizimar a força do grupo terrorista Boko Haram e outros grupos extremistas violentos na região, as ameaças terroristas ainda persistem.
“Deve-se, no entanto, afirmar que, apesar dos sucessos registados pelas bravas tropas do MNJTF e das várias operações nacionais em curso na região, as ameaças terroristas ainda espreitam na região”, lamentou.
Por outro lado, Muhammadu Buhari, destacou ainda que mais do que a solução militar, os governos da região precisam complementar os esforços em andamento com a oferta de projectos de desenvolvimento sustentável, que, segundo ele, tornarão a vida das pessoas mais favoráveis e restaurarão a sua confiança no Estado.
“Embora as ameaças terroristas tenham sido significativamente dizimadas na região, é digno de nota que as acções militares por si só não podem efectivamente vencer a guerra contra o terrorismo.
Existe a necessidade primordial de complementar as operações militares com a provisão de projectos de desenvolvimento sustentável que irão melhorar as condições das pessoas afectadas na região.