Os países europeus estão a olhar para o gás de África com renovado interesse, principalmente depois da invasão da Ucrânia pela Rússia, que expôs a necessidade de diversificar os fornecedores desta energia fundamental para o continente.
“Os actuais eventos mundiais estão a demonstrar o papel vital que o gás natural pode ter na segurança energética das nações e das regiões”, comentou à Associated Press o dirigente da petrolífera BP Gordon Birrell citado pela Lusa, que está a desenvolver um projecto de gás natural liquefeito na costa da Mauritânia e do Senegal, que já recebeu visitas dos líderes da Alemanha e da Polónia.
O projecto, acrescentou, “não podia vir em melhor altura”, referindo-se à renovada necessidade que os países europeus, principalmente da Europa central, sentem de diversificar as fontes de fornecimento de gás.
A exploração destes 425 mil milhões de metros cúbicos de gás, cinco vezes o que a Alemanha consumiu em 2019, não vai resolver os problemas de segurança energética da Europa, mas é um sinal da vontade europeia de reduzir decisivamente a dependência do gás russo.