O ministro da Economia e Finanças de Moçambique, Max Tonela, admitiu que a transportadora estatal Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) e a rede de telefonia móvel Tmcel “precisam de restruturação para entrarem na via da sustentabilidade.“
Max Tonela traçou o panorama das duas companhias estratégicas, durante uma reunião com a directora do Banco Mundial para Moçambique, Idah Z. Pswarayi-Riddihough. “Temos estado a discutir o caso da restruturação da LAM e da Tmcel”, enfatizou Max Tonela que, ainda assim, não avançou com pormenores sobre o tipo de intervenção que o Governo pondera empreender nas duas empresas públicas.
As mudanças nas duas empresas, segundo o ministro, são parte de uma restruturação de toda a carteira de participações que o Estado moçambicano detém em várias empresas através do IGEPE, e que visam o saneamento financeiro das que enfrentam dificuldades.
Apesar da recuperação da empresa nos últimos anos, levada a cabo pela actual administração liderada por João Carlos Pó Jorge, a transportadora de bandeira moçambicana tem enfrentado, como se sabe, diversos problemas operacionais relacionados com uma frota reduzida e falta de investimentos. Já a Tmcel debate-se com problemas de tesouraria provocados pela perda de peso no mercado da telefonia móvel, ao ponto de estar a ser noticiado que existem atrasos no pagamento de salários aos trabalhadores há mais de dois meses.
