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MP exigiu a devolução de dinheiro das dívidas em nome do povo moçambicano

O Ministério Público pediu aos co-réus para levarem os equipamentos e procederem à devolução dos 2,2 mil milhões de dólares de que se apoderaram, em nome do povo moçambicano. 

Na apresentação da réplica às alegações finais dos advogados de defesa, Ana Sheila Marrengula, representante do Ministério Público, disse que os radares, aeronaves e os barcos adquiridos pelos co-réus, em nome do povo moçambicano, não têm qualidade e utilidade, daí que aqueles devem devolver o dinheiro usado para a sua aquisição.

Sheila Marrengula referiu-se ao facto de os advogados alegarem que o pedido de indemnização é extemporâneo, explicando que o mesmo foi feito na acusação definitiva de 8 de Agosto de 2019. Assim, no dia 23 de Agosto de 2021, data em que iniciou o julgamento, procedeu apenas à sua leitura no âmbito da apresentação da acusação.

Negou que o julgamento tenha sido político e de ser um devaneio que o Ministério Público quer acabar com a Frelimo, chamando a atenção dos réus para discutirem os factos e não procurarem o que chamou de fantasmas.

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Disse também ser infundado o argumento de Gregório Leão de que não questionava o crescimento do património da sua esposa, Ângela Leão, porque há provas de que o antigo director geral do SISE tinha conhecimento. “Por isso, reiteramos que a acusação deve ser considerada procedente e provada, com a condenação dos réus a penas privativas de liberdade”, disse Ana Sheila Marrengula.