A solidariedade dos alemães para com os refugiados foi demonstrada na quinta-feira, quando milhares de pessoas se juntaram na estação central de Berlim para aguardar e acolher os refugiados ucranianos que estão a fugir da guerra.
Mais de um milhão de ucranianos já fugiu do país, devido à invasão russa, e a maioria está a passar a fronteira na Polónia, Roménia e Moldávia.
Vários países mostraram-se disponíveis para acolher refugiados ucranianos, e empresas de transporte e de caminhos-de-ferro estão a oferecer viagens a quem chega vindo da guerra.
Na noite passada, amontoaram-se voluntários na estação central de Berlim, com cartazes a dizer: “Quarto grande, uma a três pessoas, fique o tempo que quiser”, ou “posso acolher duas pessoas!”.
Uma dessas pessoas, com um cartaz que lia “uma mãe, duas crianças, quatro a seis semanas”, era Margot Baldauf, uma mulher de 70 anos cuja mãe, de 97 anos e ainda viva, teve de fugir ao Holocausto.
“Sinto uma obrigação em fazer algo pelos refugiados. Não é Hitler, mas para mim parece que Putin está a replicar o que Hitler fez antes”, disse a alemã à BBC.
De acordo com um novo relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), a invasão russa na Ucrânia poderá causar mais de 10 milhões de refugiados.
