A polícia canadense ameaçou na quarta-feira (09) prender os manifestantes liderados por caminhoneiros que bloquearam o centro de Ottawa e interromperam o comércio fronteiriço em protesto contra as medidas anticovid, uma mobilização que já dura 13 dias e que o governo classifica de “inaceitável”.
Centenas de caminhões paralisam as ruas do centro de Ottawa. Ao mesmo tempo, o prefeito afirma que a situação está fora de controle.
O chamado “Comboio da Liberdade” começou em janeiro no oeste do Canadá, conduzido por caminhoneiros que rejeitam a vacinação ou testes obrigatórios para cruzar a fronteira com os Estados Unidos. O movimento levou a um protesto mais amplo contra todas as medidas sanitárias aplicadas contra a covid-19.
A ponte que leva aos Estados Unidos, observou Champagne, “é a passagem terrestre mais importante da América do Norte e é fundamental para nossas cadeias de suprimentos. Milhares de trabalhadores e empresas dependem dela para sua subsistência”.
Mais de 40.000 passageiros, turistas e caminhoneiros carregando mercadorias no valor de US$ 323 milhões cruzam a ponte diariamente. Dezenas de câmaras de comércio e associações industriais no Canadá e nos Estados Unidos exigiram que a ponte fosse liberada.
Outra importante conexão comercial entre Coutts (em Alberta) e Sweet Grass (Montana) também foi bloqueada por vários dias.
Além disso, as ruas ao redor do Parlamento em Ottawa permaneceram fechadas, bloqueadas por centenas de caminhões com bandeiras canadenses e faixas contra o governo Trudeau.