Malária matou em África quase 612 mil pessoas em 2020, mais 68 mil face ao ano anterior, segundo um relatório divulgado este domingo (06.02).
O Relatório de progresso sobre a Malária – 2021, elaborado pela União Africana (UA), a Aliança dos Líderes Africanos contra a Malária (ALMA) e a Parceria RBM para o Fim do Paludismo, foi apresentado no domingo (06), no âmbito da 35.ª sessão ordinária da conferência da UA, que decorre desde sábado (05) até esta segunda-feira (07), em Adis Abeba, na Etiópia.
Segundo o relatório mais recente sobre esta doença, registaram-se 232 milhões de casos de malária (96% do total global) e 611.802 mortes causados por esta doença (98% do total global) em África, em 2020.
Estes números revelam um aumento de 68.953 mortes por malária, face a 2019, com 49 mil destas mortes a serem atribuídas a perturbações dos programas de malária e dos serviços de saúde, provocadas pela pandemia de covid-19.
No início da pandemia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tinha alertado para o risco de uma duplicação da mortalidade por malária, devido às consequentes interrupções das campanhas de pulverização e da distribuição de mosquiteiros tratados com inseticida.
O facto de este aumento se ter ficado pelos 9% reflete as medidas tomadas pelos Estados-membros da UA para impedir o pior cenário possível.
Segundo as estimativas revistas da OMS, citadas no documento, o número de mortes por malária é significativamente mais elevado do que se julgava: 2,1 milhões de mortes adicionais em África desde 2000, um aumento de 19%.