Devido às más condições de vida na República Democrática do Congo e no Congo Brazzaville, muitos menores fogem para Angola, nomeadamente Cabinda. Sem apoio da família ou escola, tentam ganhar a vida a trabalhar nas ruas.
Devido às más condições de vida na República Democrática do Congo e no Congo Brazzaville, muitos menores fogem para Angola, nomeadamente Cabinda. Sem apoio da família ou escola, tentam ganhar a vida a trabalhar nas ruas.
O governo de Cabinda está preocupado com a entrada massiva na província de crianças oriundas da República Democrática do Congo (RDC) e do Congo Brazzaville. Chegam cada vez mais menores a Angola em busca de melhores condições de vida e, muitas vezes, em fuga de maus-tratos no seio das famílias.
A secretaria provincial de Ação Social não apresenta números exactos, mas estima-se que a cada semana entrem duas a três crianças congolesas na província – não contando com as que não são identificadas.
O governo está preocupado com o número crescente de menores congoleses entre os 6 e os 16 anos encontrados nas ruas à procura de sustento, sem atenção ou cuidados dos familiares e fora do sistema de ensino.
Pedro, de 16 anos, vem da República Democrática do Congo. Chegou a Angola no fim do ano passado, por intermédio de pessoas singulares fora do convívio familiar. Atualmente vende pães na praça de Cabassango, em Cabinda. “Estou aqui à procura de vida. Eu não quero nada estudar”, afirma.
Chimbili, de 14 anos, também deixou a família na RDC, ja há mais de quatro anos. Veio para Angola com um familiar que acabou por deixá-la ao cuidado de uma tia para ajudar a sustentar a família.