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Governo britânico pediu desculpas à rainha por festas em tempo de confinamento na residência oficial do primeiro-ministro

O governo britânico pediu na sexta-feira desculpa à rainha Isabel II depois de virem a público notícias sobre mais duas festas proibidas, realizadas em tempo de confinamento devido à Covid-19 na residência oficial do primeiro-ministro Boris Johnson. Desta feita as festas da polémica tiveram lugar a 16 de abril deste ano, véspera do funeral do príncipe Philip, marido da monarca.

O governo disse “ser profundamente lamentável que isto acontecesse num momento de luto nacional”. As festas terão sido despedidas de membros do governo que deixavam funções. O mesmo aconteceu, por exemplo, a 20 de dezembro de 2020, outro período de confinamento. Nessa altura uma festa proibida marcou o adeus de Kate Josephs, que curiosamente dirigia a unidade de resposta do governo à pandemia.

Johnson não esteve presente nas festas de 16 de abril, mas participou noutras já denunciadas, pelo que as novas revelações fragilizam-no mais e a sua demissão é já pedida até no seu Partido Conservador. Aliás, a denúncia das últimas festas surgiu no ‘Daily Telegraph’, jornal que apoiava Johnson.

O Partido Trabalhista aproveitou para aumentar a pressão sobre o PM ao divulgar fotografias das festas e contrastando-as com fotos da rainha, sozinha no funeral do Duque de Edimburgo devido às restrições exigidas pelo confinamento.

Os principais jornais britânicos, tanto os conotados com a esquerda como até a imprensa mais conservadora, como o ‘The Daily Mail’ e o ‘Daily Telegraph’, apoiantes habituais do governo, estão de acordo em considerar que Boris Johnson não tem condições para continuar em funções. Esta pressão dos media soma-se à da oposição. O Partido Trabalhista e os Liberais Democratas reiteraram esta sexta-feira pedidos de demissão do PM, que poderá em breve ser forçado a enfrentar uma moção de censura.