A polícia sudanesa disparou granadas de gás lacrimogéneo para dispersar milhares de manifestantes reunidos no exterior do palácio presidencial em Cartum. Os manifestantes cantaram “O povo quer a queda de Burhane”.
Dezenas de milhares de pessoas reuniram-se para assinalar o terceiro aniversário dos protestos em massa que levaram à expulsão do antigo homem forte do Sudão, Omar al-Bashir, e para exigir um poder civil.
Os manifestantes cantaram “O povo quer a queda de Burhane”, referindo-se ao general Abdel Fattah al-Burhane, que liderou um golpe de Estado a 25 de outubro.
Estas manifestações surgem três anos após o início da “revolução” no Sudão que derrubou Omar al-Bashir depois de 30 anos de ditadura.
Depois do golpe e uma repressão que desde então já provocou 45 mortos e centenas de feridos, os defensores da “revolução” anti-Bashir querem reavivar um movimento que se esgotou entre os 45 milhões de sudaneses atolados pela inflação de mais de 300%.
Os sudaneses escolheram este dia porque na mesma data, em 1955, o Parlamento do país, ainda sob o domínio britânico, tinha proclamado a independência.