Os gafanhotos já devastaram perto de 250 hectares no município de Namacunde, província angolana do Cunene, deixando 4.000 famílias em situação vulnerável. População pede apoio do executivo, que reconhece o drama vivido.
Desde fevereiro de 2020 que a região centro e sul de Angola, mais concretamente as províncias de Benguela, Cunene, Huíla, Namibe e Cuando Cubango, tem-se debatido com a invasão de gafanhotos.
Na província do Cunene, as pragas foram registadas nos municípios do Curoca, Namacunde e Ombadja. Os gafanhotos devastaram perto de 250 hectares e a praga deixou mais de 800 famílias em situação extrema de fome.
Rodeth Peingoambili Mwehanawa, sensibilizadora da povoação Marco 16, comuna e município do Namacunde, diz que a situação é crítica. Explica que, para fugir da morte por fome, a população tem recorrido aos líderes tradicionais.
Simão Ndeshipanda Mutilifa, diretor municipal da Agricultura e Pesca em Namacunde, reconhece que a praga de gafanhotos devastou muitas culturas no município deixando a população em situação de fome, mas garante que a administração tem prestado assistência às famílias.