Internacional Africa População acusa autoridades tradicionais pela falta de chuva em Angola

População acusa autoridades tradicionais pela falta de chuva em Angola

Populares no Huambo insurgiram-se contra as autoridades tradicionais por causa da falta de chuva. Governo foi obrigado a intervir, explicando que a “chuva é uma questão natural” influenciada pelas alterações climáticas.

Superstições e crenças ditam a perceção de grande parte da população mundial em relação aos fenómenos atmosféricos. O assunto voltou à ribalta, no Huambo, em Angola, por causa dos prejuízos causados pela seca nas últimas duas campanhas agrícolas – 2019/2020 e 2020/201 – que arrasaram toda a produção.

A falta de alimento trouxe fortes consequências sociais e económicas para a comunidade, que se vê amiúde com casos de fome e desnutrição severa.

O fenómeno da escassez de chuva é justificado pela ciência como sendo resultante das alterações climáticas. Mas nas comunidades rurais, o fenómeno foi sempre visto como uma ação perpetrada pelas autoridades tradicionais para reforçar o seu nível de influência junto das comunidades.

Há mesmo relatos de sobas que ameaçam travar a chuva caso a comunidade não cumpra determinada exigência, por exemplo.

Há duas semanas, no município do Ucuma, na província do Huambo, a população revoltou-se contra o poder tradicional e partiu para atos de vandalismo contra instituições governamentais, bem como contra residências de sobas, causando danos materiais e humanos.

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