Internacional Africa Ativistas pró-democracia iniciaram campanha de desobediência civil no Sudão

Ativistas pró-democracia iniciaram campanha de desobediência civil no Sudão

Ativistas pró-democracia começaram, no domingo (07.11), dois dias de desobediência para obrigar os militares a cumprirem a promessa de instituição de um governo civil e da realização de eleições livres e democráticas.

As forças de segurança sudanesas dispersaram, no domingo (07.11), com gás lacrimogéneo, manifestantes que se concentravam na capital Cartum no primeiro dia de uma campanha de desobediência civil.

De acordo com relatos feitos à agência France-Presse (AFP), dezenas de professores convergiram durante a manhã para o Ministério da Educação, em Cartum, “para um protesto silencioso”, tendo sido dispersados pelas forças de segurança com recurso a granadas de gás lacrimogéneo.

O sindicato dos professores denunciou violência e relatou várias detenções de manifestantes nas suas fileiras, mas sem registo de feridos.

Antes da manifestação, jovens tinham bloqueado estradas com tijolos e pedras de calçada, enquanto as lojas permaneciam fechadas.

Os ativistas pró-democracia começaram, no domingo (07.11), dois dias de desobediência para obrigar os militares a cumprirem a promessa de instituição de um governo civil e da realização de eleições livres e democráticas.

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Desde a dissolução pelo general Abdel-Fattah al-Burhan de todas as instituições do país e a prisão de quase todos os civis com quem partilhava o poder, as ruas do Sudão voltaram a ser palco de movimentos de resistência.

Até agora, porém, as conversações não levaram à formação de um novo governo, nem ao regresso do anterior, bruscamente demitido pelo general Burhan, nem mesmo à adoção de uma posição clara sobre a retoma da transição democrática.