Pelo menos três pessoas ficaram feridas e 56 foram detidas na noite de hoje quando forças especiais resgataram a ministra da Defesa Thandi Modise de uma reunião com ex-combatentes do ANC governante, anunciou a polícia sul-africana.
Entre as 56 pessoas detidas encontram-se sete mulheres, adiantou o porta-voz policial.
A operação de resgate integrou forças especiais de elite que foram auxiliados pela polícia militar e vários agentes da polícia, segundo o porta-voz da Polícia sul-africana.
A ministra da Defesa Thandi Modise, juntamente com o ministro na Presidência Mondli Gungubele e o vice-ministro da Defesa, Thabang Makwetla, foram resgatados cerca das 22 horas (21h de Lisboa), de um hotel dos arredores da capital sul-africana, Pretória, onde foram mantidos reféns por cerca de 30 ex-combatentes de vários movimentos de libertação, segundo a imprensa local.
Pelos menos duas ambulâncias foram destacadas para o local, segundo a imprensa local.
Os ex-combatentes teriam exigido a presença no encontro do Presidente Cyril Ramaphosa, que é também presidente do Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês), o partido no poder na África do Sul desde 1994, e do vice-Presidente da República David Mabuza.
Os ex-combatentes reivindicam o pagamento de pelo menos 2 milhões de rands (111.816,02 euros) para cada um pelo seu contributo na luta armada de libertação contra o anterior regime do apartheid.
No início da semana, o grupo de ex-combatentes realizou uma manifestação na sede nacional do ANC, em Joanesburgo, tendo sido agendada uma reunião com altos funcionários do Governo para esta quinta-feira.
O grupo de ex-combatentes do Umkhonto weSizwe, a antiga ala armada do ANC, do APLA e AZANLA, representado pelos Veteranos de Guerra da Luta de Libertação (LSWV), reuniu-se com o grupo de trabalho presidencial para os assuntos dos militares veteranos.