Retomou na sexta-feira a audição do réu Bruno Langa, acusado de oito crimes no processo das dívidas Ocultas.
Depois de várias contradições, na sexta-feira o réu Bruno Langa adoptou a “estratégia” do réu Ndambi Guebuza, seu amigo, e algumas vezes iniciava a resposta antes mesmo da Ordem dos Advogados terminar a questão.
Até mesmo perguntas que respondeu ao Juiz e a Procuradora, deu para tudo uma única resposta: “Não vou responder a pergunta.”. Foram 26 perguntas para uma única resposta.
A Ordem dos Advogados, através do experiente advogado Filipe Sitoe, queria saber entre várias questões, sobre experiência profissional, coincidência do apelido “Langa” com a esposa do réu Teófilo Nhangumele, sobre a noção dos danos criados ao país, sobre o interesse em ressarcir o Estado Moçambicano. Ele deu a mesma resposta para todas questões: “Não vou responder a pergunta”.
Esta estratégia da defesa, passa por não dar mais nenhum detalhe a acusação sobre o que se passou, não permitindo que haja mais desenvolvimentos investigativos em torno do caso. Embora essa estratégia possa garantir esse objetivo pretendido, a mesma deixa os réus expostos a matéria dos autos e a uma condenação com base nos mesmos.