Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas prevê que a temperatura global aumente mais cedo do que o esperado e faz soar alarmes. Secretário-geral da ONU quer “sentença de morte” para energias fósseis.
A temperatura global subirá 2,7 graus em 2100, se se mantiver o atual ritmo de emissões de gases com efeito de estufa, alerta o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), um organismo da Organização das Nações Unidas (ONU).
No novo relatório, divulgado na segunda-feira (09.08), o IPCC considera cinco cenários, dependendo do nível de emissões que se alcance, e conclui que em todo o mundo vai ultrapassar o limite de 1,5 graus na década de 2030 – mais cedo do que nas previsões anteriores, “ameaçando a humanidade com novos desastres sem precedentes”.
Quase todos os países assinaram o Acordo de Paris (2015) que colocava como limite para o aquecimento global 2 graus, não mais do que 1,5 até ao ano de 2100.
Os efeitos do aquecimento global vão perdurar “séculos ou milénios” e resultam “inequivocamente” de responsabilidade humana, constata o Painel. Muitos efeitos do aquecimento global, especialmente nos oceanos e nas zonas polares, “são irreversíveis nos próximos séculos ou milénios”, observam os especialistas.