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Ndambi Guebuza é hoje ouvido perante o tribunal que julga o processo relativo às dívidas não declaradas

Armando Ndambi Guebuza, filho do antigo Presidente da República, Armando Guebuza, apresenta hoje, perante o tribunal que julga o processo relativo às dívidas não declaradas, a sua versão sobre o envolvimento neste caso que defraudou o Estado em cerca de 2.2 biliões de dólares norte-americanos.

O có-réu é acusado de cometimento de crimes relacionados com a associação para delinquir, falsificação de documento, uso de documento falso, tráfico de influência, peculato e branqueamento de capitais.

Segundo a acusação do Ministério Público, Armando Ndambi Guebuza usou a sua influênca junto do pai, o antigo Presidente da República, Armando Guebuza, para conseguir a viabilização do esquema e tirar vantagem patrimonial para si e seus comparsas. Com o valor, refere a acusação, o réu adquiriu viaturas, algumas das quais ofereceu a amigos, vivendas dentro e fora do país e pagamento de viagens e outras luxurias.

Consta ainda da acusação que Ndambi Guebuza beneficiou de valores monetários de subornos que a Privinvest colocou à disposição das pessoas envolvidas no Projecto de Protecção da Zona Económica Exclusiva de Moçambique. Desta quantia, Ndambi Guebuza terá ficado com 33 milhões de dólares, cabendo aos co-réus Teófilo Nhangumele e Bruno Langa 8.5 milhões cada um.

O julgamento deste caso começou semana passada, com a audição do Cipriano Mutota e Teófilo Nhangumele, considerados estrategas da mega-fraude.

Mutota confirmou ao tribunal a sua participação no projecto, descrevendo-o como necessário face às ameaças à costa moçambicana, relacionadas com a pirataria, tráfico de armas e drogas, imigração e pesca ilegais. Por seu turno, Nhangumele assumiu a autoria do referido projecto, negando, porém, que o mesmo tivesse como finalidade defraudar o Estado.