Hugo era gestor de clientes particulares da Caixa Geral de Depósitos, no Porto, quando começou a participar em sites de apostas online, em 2015. Começou com 10 euros e dois meses depois já apostava mil euros. Ficou viciado no jogo e começou a desviar quantias de várias contas.
Após deixar o emprego no banco, em julho de 2017, ainda convenceu uma antiga cliente a passar um cheque de 50 mil euros dizendo que os aplicaria num depósito a prazo, mas apropriou-se do dinheiro. Em pouco mais de dois anos, sacou 1,17 milhões de euros, que gastou em apostas na internet.
O arguido, de 39 anos, está acusado de 34 crimes: 10 de peculato, 10 de falsidade informática e 11 de falsificação de documentos, além de burla qualificada, abuso de confiança qualificada e falsidade informática.
À PJ do Porto, confessou os crimes. Disse que não conseguia controlar o impulso de jogar e, não tendo dinheiro para este vício, foi retirando dinheiro das contas dos clientes. Tem sido acompanhado, desde 2017, na Psiquiatria do Hospital Magalhães Lemos, Porto, e aguardará o desenrolar do processo com tratamento no Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências.