Nas últimas semanas, a repressão policial marcou as manifestações no eSwatini. A Amnistia Internacional relata dezenas de mortos e mais 150 feridos. Mas o movimento pró-democracia promete continuar os protestos.
Os protestos das últimas semanas foram marcados pela repressão e violência das forças de segurança contra os manifestantes.
Mlungisi Makhanya, líder do Movimento Democrático, afirma que depois de testemunhar a brutalidade policial contra os manifestantes, o grupo decidiu continuar com protestos de rua, apesar da repressão.
Segundo o ativista, o hospital principal de Mbabane amputou 16 pessoas. “Mas também vi cadáveres de pessoas que foram alvejadas, porque o que estes soldados andaram a fazer, estavam a executar pessoas e a despejá-las na morgue mais próxima. Não temos como tirar os corpos da morgue. Consideramos o Rei Mswati como principal responsável por estes massacres contra o nosso povo”, acusou Makhanya.
Desde que começaram os protestos, várias lojas estão fechadas e há pouca movimentação de pessoas nas ruas perante o agravar da tensão social que se vive no terreno.
Os manifestantes acusam o rei Mswati de nomear apenas os seus camaradas, de promover a corrupção, de silenciar as vozes críticas e também de usar o sistema monárquico como instrumento de opressão.
Maxwell Dlamini, um dos ativistas responsáveis pelos protestos, acusa a monarquia de ostentar uma vida de luxo, enquanto o povo passa fome.