O presidente da Associação Nacional de Agricultores (ANAG), Jaime Boles Gomes, afirmou que a campanha de comercialização da castanha de caju deste ano é “a pior” que ocorreu na Guiné-Bissau.
Afirmamos que a campanha de caju deste ano é a pior que aconteceu nesta terra, porque não trouxe ganhos ou rendimentos que os produtores aguardavam com toda a expectativa”, disse Jaime Boles Gomes.
Outra razão para a má campanha, apontada por Jaime Boles Gomes, é a pandemia de coronavírus.
“Mas é bom lembrar também que a campanha do ano passado correu em plena pandemia, por isso correu mal”, disse esta sexta-feira (30.07), o presidente da associação de agricultores guineenses.
Jaime Boles Gomes explicou que a campanha da castanha de caju está dividida em três fases.
A primeira tem início com a limpeza dos pomares e é realizada entre os meses de novembro, dezembro por grupos de jovens recrutados pelos proprietários nas tabancas e que são pagos apenas no período da colheita da castanha.
“Por causa da restrição, que impediu a aglomeração das pessoas, isso acabou por influenciar negativamente uma boa prestação do serviço em termos de limpeza”, disse.
A segunda fase é a fase da colheita que é conhecida como a campanha de caju (colheita da castanha), onde se regista a deslocação das populações, em particular das mulheres, de uma região para a outra e se realizam contratos de prestação de serviços da colheita de castanha com os donos dos pomares.