A fuga à paternidade influencia no número de crianças e adolescentes nas ruas frias da capital do Moxico, Luena. Para acudir a fome, muitas vendem resíduos plásticos que encontram em contentores de lixo.
Em troca de um quilo de arroz, crianças e adolescentes tornam-se estafetas na descarga de produtos diversos de um contentor de lixo em Luena. As desavenças no seio familiar fazem com que as crianças vão viver na rua, referenciou a líder da Organização da Mulher Angolana (OMA), na província do Moxico, Juliana Uini.
“Um casamento são gera filhos sãos. Ao contrário, casamento com desavenças gera filhos que vão à rua a procura de sustento, o que não é normal – principalmente nesta fase de pandemia em que nos encontramos. Os pais devem ser responsáveis pelos seus atos, não permitir às crianças pernoitarem na rua, salvaguardando o futuro delas”, avalia.
Sobre a fuga à paternidade, o jurista e docente universitário Augusto Tomás defende maior contundência das instituições de direito na resolução do problema.