Internacional Africa Ativistas angolanos denunciaram abusos durante detenção

Ativistas angolanos denunciaram abusos durante detenção

Foram quatro dias atrás das grades em Benguela, no sul de Angola. Vinte e dois ativistas e um jornalista acusados de desobediência às autoridades falaram sobre o período que passaram na cela e os abusos cometidos.

Os ativistas foram absolvidos pelo Tribunal de comarca provincial na terça-feira (06.07), depois de terem sido detidos no sábado (03.07), numa manifestação para pedir melhores condições de saúde em Angola.

Numa conferência de imprensa realizada pela organização não-governamental OMUNGA sobre a detenção foi anunciado que houve violação dos direitos humanos.

João Malavindele, diretor executivo da OMUNGA, recordou que são recorrentes no país casos de intimidação de ativistas. E sublinhou que a prática do abuso de poder inviabiliza o processo de cidadania.

“Como estamos a falar de uma situação que é bastante recorrente, nos preocupa bastante, porque concluímos que pareceu ser um processo como uma forma de intimidar os ativistas e sobretudo limitar o exercício da cidadania em Angola.”, disse.

“Entendemos que situações do género não podem voltar acontecer porque o direito de participação na gestão da vida pública é um direito constitucional. E mais na prática não é isso que nós assistimos, temos assistido a muitas arbitrariedades, até mesmo abuso de poder, que inviabilizam esse exercício”, criticou ainda Malavindele.

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