Centenas de militares peruanos reformados e na reserva protestaram na terça-feira (22) em uma praça de Lima contra uma suposta “fraude” no segundo turno das eleições presidenciais de 6 de junho no Peru, em linha com as denúncias da candidata de direita Keiko Fujimori.
Embora o governo interino de centro e observadores da OEA tenham garantido que as eleições foram justas, Fujimori e seus partidários insistem em que houve fraude a favor do candidato de esquerda, Pedro Castillo, que está em primeiro lugar na votação final, embora o júri eleitoral ainda tenha que decidir as impugnações antes de proclamar o vencedor.
“Queremos a verdade, queremos que o Júri Eleitoral Nacional […] reveja todos os pedidos que foram feitos nas assembleias de voto”, disse o general reformado da Aeronáutica Fernando Ordóñez na manifestação onde foram vistas muitos cartazes contra o comunismo.
“O comunismo não pode entrar neste país. Somos um país que tem muita riqueza, mas existem desigualdades, temos que trabalhar nisso, mas não desta forma”, disse à AFP o capitão reformado Jorge del Águila. “Não queremos golpe”