Internacional Invasão ao Capitólio dos EUA revela falhas dos serviços de inteligência

Invasão ao Capitólio dos EUA revela falhas dos serviços de inteligência

(FILES) In this file photo taken on January 6, 2021, Riot police push back a crowd of supporters of US President Donald Trump after they stormed the Capitol building in Washington, DC. - US Senate Republicans on May 28, 2021, blocked creation of an independent commission to investigate the deadly riot by Donald Trump supporters at the Capitol in Washington, a move aimed at preventing a bipartisan probe ahead of 2022 midterm elections (Photo by ROBERTO SCHMIDT / AFP)

A investigação do Congresso dos Estados Unidos da América (EUA) à invasão ao Capitólio, em 6 de janeiro, revelou falhas dos serviços de inteligência e das forças de segurança, que conduziram à tentativa de insurreição.

A investigação que está a ser feita pelo Senado encontrou sinais de que apoiantes do antigo presidente dos Estados Unidos Donald Trump e até elementos de grupos associados à extrema-direita estavam a planear “invadir o Capitólio” com armas de fogo e, possivelmente, infiltrar-se no sistema de túneis por baixo do edifício.

Apesar dos avisos, os serviços de inteligência norte-americanos não consideraram as ameaças uma prioridade.

o resultado foi caótico. O relatório divulgado na terça-feira pelo Senado detalha como os agentes que estavam na linha da frente sofreram queimaduras químicas, lesões cerebrais e fraturas, assim como outras lesões, enquanto tentavam impedir os apoiantes do republicano Trump de invadir o Capitólio.

Os agentes disseram aos investigadores do Senado que se sentiram sem liderança ou ordens específicas sobre como agir enquanto os populares entravam no edifício.

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O relatório vai mais longe e aponta à inteligência norte-americana uma falha em consonância com o que aconteceu há 20 anos, durante os atentados de 11 de setembro de 2001: falta de imaginação para equacionar cenários que se podem tornar realidade.

Nas conclusões, é proposta a alteração imediata das chefias das forças de segurança no Capitólio, melhor planeamento e equipamentos para os agentes e a recolha mais eficaz de informação por parte das agências federais.

Em 20 de janeiro, enquanto o Congresso validava a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro de 2020, o então chefe de Estado norte-americano, Donald Trump, organizou um comício no qual pediu aos milhares de apoiantes para “reclamarem o poder” e “reclamarem o país”.

Seguiu-se uma tentativa de impedir a confirmação da vitória de Biden, que foi interrompida, mas, mais tarde, retomada, com milhares de pessoas a invadirem o Capitólio, a agredirem os agentes da polícia que estavam no local e a vandalizarem os gabinetes de vários congressistas, nomeadamente da democrata Nancy Pelosi.