Estudantes LGBTI são “vitimizados” e sofrem com “um ambiente escolar hostil” na América Latina, alertou na quarta-feira (23) um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), que fez um apelo por uma maior inclusão e educação sobre a diversidade sexual.
Essa situação gera insegurança e dobra a probabilidade de abandono escolar por esses alunos, levando-os a sofrer altos graus de depressão, segundo estudo realizado na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru e Uruguai, publicado pela Unesco de sua sede regional em Santiago.
“Isso não afeta apenas sua dignidade, mas também seu desenvolvimento socioemocional e aprendizagem, e pode fazer com que as pessoas afetadas abandonem completamente a escola”, disse Javier González, diretor da Summa, um laboratório de pesquisa e inovação em educação que participou da pesquisa.
De acordo com o relatório, no Chile, quatro em cada cinco estudantes LGBTI não se sentem seguros, enquanto no México, 75% foram alvo de assédio verbal e insultos e 66% sofreram bullying.
Enquanto isso, na Colômbia, 15% dos alunos LGBTI sofreram violência por causa de sua orientação sexual e, no Peru, 17% foram vítimas de agressões físicas.