Uma expedição científica descobriu novos organismos marinhos sob as plataformas de gelo da Antártica, o que indicia que há mais vida do que a esperada num dos maiores habitats marinhos por explorar, revelou o British Antarctic Survey (BAS).
A expedição de investigadores da agência de exploração antártica do Reino Unido permitiu, de forma acidental, identificar animais estacionários em rochas no fundo do mar, semelhantes a esponjas e de espécies potencialmente desconhecidas.
A descoberta, apresentada num artigo científico publicado hoje na revista Frontiers in Marine Science, “é um daqueles acidentes felizes que direcionam as ideias numa perspetiva diferente e que mostram que a vida marinha da Antártida é especial e incrivelmente adaptada a um ambiente extremo”, refere Huw Griffiths, biogeógrafo e investigador principal do BAS.
Os cientistas perfuraram 900 metros na plataforma de gelo Filchner-Ronne, situada no sudeste do Mar de Weddell, a uma distância de cerca de 260 km do oceano aberto e sob completa escuridão, onde uma reduzida vida animal tinha já sido observada.