A enxaqueca é a segunda maior causa de anos vividos com incapacidade em todo o mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde. Conheça esta patologia com as explicações da médica e professora Raquel Gil Gouveia, especialista em Neurologia.
Cerca de 15% da população mundial sofre de enxaqueca, um valor mais elevado que a asma e a diabetes em conjunto, no entanto a maioria dos doentes sente que o seu problema não é reconhecido como uma doença incapacitante e, em consequência, sentem-se incompreendidos, estigmatizados e até discriminados.
A enxaqueca pode afetar pessoas de todas as idades, inclusivamente crianças, sendo três vezes mais frequente nas mulheres que nos homens.
Em Portugal, estima-se que cerca de 1,5 milhões de pessoas sofram de enxaqueca, o que significa que, em média, todos os dias há cerca de 150.000 pessoas a sofrer uma crise de cabeça violenta, com náuseas, dificuldades de concentração, intolerância à luz, aos ruídos e aos movimentos.
Essa incapacidade impede-as de realizarem as atividades habituais do dia-a-dia – como trabalhar, fazer as tarefas domésticas ou mesmo ir à escola.
Origem genética
A enxaqueca é, assim, muito mais do que uma simples dor de cabeça e distingue-se das restantes dores de cabeça por este padrão de sintomas associados e pela incapacidade que produz.