A zona de segurança da embaixada dos Estados Unidos em Bagdade, capital do Iraque, foi alvo de um ‘rocket’ na noite desta segunda-feira.
O ‘rocket’ causou danos materiais, mas não fez vítimas”, adiantou à agência francesa AFP um responsável dos serviços de segurança iraquianos.
Este ataque contra interesses norte-americanos no Iraque é o 28.º em sete meses e, como todos os outros, não foi reivindicado. Os Estados Unidos têm atribuído a responsabilidade pelos ataques às facções iraquianas pró-Irão.
No domingo, o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, garantiu que os Estados Unidos serão “expulsos” do Iraque e da Síria, dois países onde o Irão tenta manter a sua influência através de alianças políticas e paramilitares.
O novo Governo iraquiano, liderado pelo ex-chefe dos serviços de informações Mustafa al-Kazimi, é visto como um gabinete de compromisso entre Bagdade e Washington.
O novo Governo assumiu funções em plena crise económica, política e institucional, após meses de protestos, nos quais morreram mais de meio milhar de pessoas, desencadeados após o assassinato, em Bagdade, por tropas dos Estados Unidos, do general Qassem Soleimani, arquitecto da estratégia iraniana para o Médio Oriente.
Os ataques regulares no Iraque são uma fonte de preocupação para os Estados Unidos, que contam com centenas de diplomatas em solo iraquiano e 5.200 soldados, alvo de uma ordem de expulsão do Parlamento iraquiano, decretada contra todos os militares estrangeiros no país, que nunca foi executada pelo Governo de Bagdade.
Washington já anunciou que vai enviar uma delegação, em Junho, à capital iraquiana, para renegociar a presença no país.
