O primeiro-ministro da Guiné-Bissau denunciou um plano para levar a cabo um golpe de Estado no país.
Na sua página no Facebook, Aristides Gomes acusou o general e antigo chefe de governo Umaro Sissoco Embaló, alegando que o objectivo do golpe seria “interromper o processo de preparação das eleições presidenciais de 24 de Novembro”, nas quais Embaló é um dos 12 candidatos.
“As provas materiais dos preparativos para a efectivação do crime estão seguramente guardadas para serem exibidas na altura devida”, afirmou Aristides Gomes.
Apesar da gravidade da acusação, nenhuma medida foi anunciada contra o alegado golpista, que se encontra fora do país há cerca de um mês. Em declarações à agência Lusa, Embaló negou tudo e acusou o chefe de governo de querer distrair atenções “da notícia sobre a droga”. Em causa está a apreensão, no início de Setembro, de quase duas toneladas de cocaína. Embaló tem repetidamente ligado o governo ao tráfico de droga na Guiné-Bissau, mas sem exibir provas.
O primeiro-ministro garantiu que, “não obstante as manobras, que vão contra o espírito da democracia”, tudo está a ser feito para que “as Presidenciais tenham lugar na data marcada”. O candidato favorito é o presidente em exercício, Carlos Gomes Júnior.
CM