As Nações Unidas lançaram em Maputo um plano revisto de resposta humanitária a Moçambique que abrange o apoio às vítimas dos ciclones Idai e Kenneth e deverá vigorar até maio de 2020, anunciou a organização em comunicado.
O período deverá coincidir com a temporada de ciclones (entre Janeiro e Abril) e a fase de escassez de alimentos entre colheitas, “quando a assistência humanitária será crucial para evitar uma deterioração da situação”, refere a ONU em comunicado.
As Nações Unidas consideram que “são precisos mais esforços” para garantir que todas as pessoas que precisam recebam assistência adequada.
O ciclone Idai, que atingiu o centro do país em Março, provocou 604 mortos e afectou cerca de 1,5 milhões de pessoas.
A intempérie provocou cheias intensas que arrastaram aldeias, pontes, estradas e outras infraestruturas, criando lagos gigantescos que levaram semanas a desaparecer.
A cidade da Beira, uma das principais do país, foi atingida pelo Idai, ficou severamente danificada e serviu de palco a uma gigantesca operação de mobilização de meios internacionais para apoio à população.
A destruição atingiu ainda os países vizinhos do Zimbábue e Maláui.
O ciclone Kenneth, que se abateu sobre o norte do país em Abril, matou 45 pessoas e afectou 250.000.
Mais de meio milhão de pessoas ainda vivem em locais destruídos ou danificados, enquanto outros 70.000 permanecem em centros de acomodação de emergência, segundo o mais recente relatório da Organização Internacional das Migrações (OIM), redigido em Julho e que alerta para a falta de condições para enfrentar a nova época chuvosa, que começa em Novembro.
Lusa