Activista está a ser processada por gestão danosa e pagamentos fraudulentos, o que fez suspender a ajuda de parceiros e prejudica quase 200 funcionários da organização.
A activista e primeira presidente da Liga Moçambicana dos Direitos Humanos, Alice Mabota, está a ser processada criminalmente pela organização da qual é fundadora. A queixa-crime, remetida em finais de Março ao Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) de Maputo, acusa Mabota de irregularidades, como a má gestão e pagamento fraudulento e ilícito de imóveis para seus familiares. Em causa, estão muitos milhões de meticais.
Na sua mais recente edição, o jornal moçambicano SAVANA reporta que Alice Mabota e seus correligionários se apoderaram de forma consciente e deliberada de bens alheios. Segundo a publicação, o grupo delapidou a organização em 14.400,00 dólares americanos, durante o período de Agosto de 2013 a Julho de 2014.
À DW África, Fernão Penga Penga, vice-presidente da organização, disse que “não convém fazer uma abordagem detalhada do processo, mas são muitas questões que se levantam, desde os salários fantasmas, aluguéis de casas e uma série de coisas”.
De acordo com Penga Penga, “para nós, [este processo] é importante para a demonstração da transparência, da integridade e para a responsabilização”. Ele ressaltou que “como organização, temos apelado ao Estado moçambicano a transparência e nós temos que mostrar que somos exemplo disso”.
DW