Pelo menos 41 pessoas morreram no Quénia devido às cheias provocadas por uma ruptura na represa de Patel, no sudoeste do país, obrigando centenas de pessoas a abandonar as suas casas, de acordo com o novo balanço das autoridades.
O balanço anterior de mortos feito pelas autoridades era de pelos menos 27 pessoas.
A água passou pelas margens da represa de Patel, na cidade de Solai, no condado de Nakuru, na noite de quarta-feira, varrendo centenas de casas.
“Muitas pessoas estão desaparecidas. É um desastre”, disse o chefe da polícia da cidade de Rongai, Joseph Kioko.
Uma vila inteira quase foi varrida pelo lodo e pela água da barragem, de acordo com Gideon Kibunja, o chefe de polícia do condado, encarregado das investigações criminais.
As autoridades informaram que casas num raio de quase dois quilómetros foram submersas.
Cerca de 40 pessoas foram resgatadas da lama e levadas aos hospitais na manhã de quinta-feira, durante as operações das equipas de gestão de desastres da Cruz Vermelha no Quénia e do condado de Nakuru.
A área tem sete barragens usadas por uma fazenda, disse Keffa Mageni, um funcionário de um grupo de defesa que ajuda a recolocar os deslocados.
“Com as fortes chuvas sazonais, as represas não têm saída”, acrescentou Mageni.
“Há outras duas represas que estão a vazar”, disse um morador, Stephen Nganga, que pediu ao Governo que investigue o caso para a segurança dos moradores.
O secretário do Ministério do Interior queniano, Fred Matiangi, visitou o local hoje e disse que o Governo iniciou investigações para determinar a estabilidade das outras seis barragens.
Mais de 225 mil pessoas no Quénia foram deslocadas de suas casas desde Março, segundo o Governo.
Helicópteros militares e equipas de resgate foram mobilizados na semana passada para resgatar pessoas atingidas pelas enchentes.
Quase 170 pessoas morreram desde Março devido às inundações causadas por chuvas sazonais, segundo as autoridades quenianas.
As inundações atingiram o país da África Oriental que estava a recuperar-se de uma severa seca e que afectou metade do país.
Notícias ao Minuto